Associação Portuguesa de Enfermagem Forense - Enfermeiros que cuidam para que se faça justiça.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

DIA MUNDIAL CONTRA A MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA

Neste dia internacional para a eliminação da mutilação genital feminina, a APEFORENSE não poderia deixar de manifestar a sua opinião e apoio acima de tudo às vítimas. Foi constituído como dia internacional de tolerância zero à mutilação genital, o dia 6 de Fevereiro. A mutilação genital feminina é uma prática que existe em pelo menos 28 países de África e do Médio Oriente, e tem sido praticada durante dezenas de anos em muitos países em todo o mundo.

A MGF é um costume bastante agressivo, que causa danos físicos e psicológicos irreversíveis, podendo levar à morte. A MGF é uma ofensa grave aos direitos humanos, em geral, e aos direitos da mulher e criança, em particular. Estima-se que cerca de 135 milhões de mulheres, em todo o mundo foram mutiladas. Cerca de 6000 raparigas por dia correm o risco de serem mutiladas. Os dados são difíceis de obter, porque cada vez mais existe uma sociedade secreta, que executa estes atos.

A UNICEF declarou que esta prática pode ser eliminada no espaço de uma geração. No entanto a diminuição da taxa de prática do ritual não indica uma diminuição global. Para irradiar a MGF é preciso um esforço muito grande por parte dos governos e sociedade civil, assim como pela comunidade internacional. Em Portugal, existe um programa para o combate à MGF.


Os enfermeiros forenses podem e devem participar e promover a pesquisa relacionada com todos os aspetos inerentes à vítima de MGF, nomeadamente os aspetos psicológicos e físicos. Esta pesquisa irá servir para beneficiar e ajudar na intervenção de enfermagem destas vítimas. Os enfermeiros forenses devem despistar e influenciar a irradiação da MGF, organizando campanhas de sensibilização em escolas, clinicas e hospitais. O enfermeiro forense como formador, tem um papel importante na formação dos outros profissionais de saúde sobre esta temática. Como consultores apresentam um papel importante na validação das crenças e culturas, assim como no apoio das organizações internacionais que pretendem a abolição desta prática.