Neste dia internacional para a eliminação da mutilação
genital feminina, a APEFORENSE não poderia deixar de manifestar a sua opinião e
apoio acima de tudo às vítimas. Foi constituído como dia internacional de
tolerância zero à mutilação genital, o dia 6 de Fevereiro. A mutilação genital
feminina é uma prática que existe em pelo menos 28 países de África e do Médio
Oriente, e tem sido praticada durante dezenas de anos em muitos países em todo
o mundo.
A MGF é um costume bastante agressivo, que causa
danos físicos e psicológicos irreversíveis, podendo levar à morte. A MGF é uma
ofensa grave aos direitos humanos, em geral, e aos direitos da mulher e
criança, em particular. Estima-se que cerca de 135 milhões de mulheres, em todo
o mundo foram mutiladas. Cerca de 6000 raparigas por dia correm o risco de
serem mutiladas. Os dados são difíceis de obter, porque cada vez mais existe
uma sociedade secreta, que executa estes atos.
A UNICEF declarou que esta prática pode ser
eliminada no espaço de uma geração. No entanto a diminuição da taxa de prática
do ritual não indica uma diminuição global. Para irradiar a MGF é preciso um
esforço muito grande por parte dos governos e sociedade civil, assim como pela
comunidade internacional. Em Portugal, existe um programa para o combate à MGF.
Os enfermeiros forenses podem e devem participar e
promover a pesquisa relacionada com todos os aspetos inerentes à vítima de MGF,
nomeadamente os aspetos psicológicos e físicos. Esta pesquisa irá servir para
beneficiar e ajudar na intervenção de enfermagem destas vítimas. Os enfermeiros
forenses devem despistar e influenciar a irradiação da MGF, organizando
campanhas de sensibilização em escolas, clinicas e hospitais. O enfermeiro
forense como formador, tem um papel importante na formação dos outros
profissionais de saúde sobre esta temática. Como consultores apresentam um
papel importante na validação das crenças e culturas, assim como no apoio das
organizações internacionais que pretendem a abolição desta prática.
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