Associação Portuguesa de Enfermagem Forense - Enfermeiros que cuidam para que se faça justiça.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Comunicado: Memorando DPDL

Exmos (as). Senhores (as)

A APEFORENSE, analisou o memorando emitido pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, sobre a sua atividade
no primeiro trimestre do corrente ano, de onde se podem extrair dados referentes aos inquéritos realizados e que
nos indicam o seguinte:
• Violência contra idosos: 45 inquéritos
• Crimes contra crianças (não natureza sexual): 129 inquéritos
• Violência doméstica: 2256 inquéritos
• Crimes contra liberdade e autodeterminação sexual de menores: 159 inquéritos

Poderemos concluir que existiram pelo menos 3,2 casos/dia de crimes contra crianças, e cerca de 25 casos/dia de violência doméstica. Estamos a falar de casos reportados. A Apeforense mais uma vez entende que os enfermeiros forenses podem ter um papel de extrema importância, na identificação, preservação de vestígios e encaminhamento destes casos. Assim como nos restantes casos de violência interpessoal que todos os dias ocorrem e que muitas vezes não são identificados e/ou reportados. Pretendemos trabalhar em prol das vítimas, para uma qualidade de cuidados. Já por diversas vezes nos disponibilizamos para colaborar com as instituições judiciais e de investigação criminal, uma vez que os enfermeiros são na maior parte dos casos, os primeiros profissionais de saúde a abordarem estas vitimas, quer seja no ambiente pré hospitalar, hospitalar e cuidados de saúde primários. Os enfermeiros forenses, são enfermeiros com formação específica, que lhes confere competência para abordarem estas vítimas no contexto médico-legal e assim colaborar, para que se faça justiça. A nossa convicção é que deveriam existir pelo menos 2 enfermeiros forenses em cada unidade hospitalar, para que existisse um apoio a
todas as vítimas de violência 24h/dia. Só nos resta esperar a oportunidade para dar o nosso contributo, porque entendemos ser muito importante uma abordagem multidisciplinar.

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